CFP

Clube Filatélico de Portugal

Maximafilia * Dúvidas na apresentação da colecção PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Escrito por Bento Grossinho Dias   
Terça, 02 Agosto 2011 14:51

 

Questão colocada pelo nosso associado Américo Rebelo

 

Como coleccionador de Postais Máximos, na montagem das minhas colecções, todo o estudo relacionado com o postal máximo (comentários temáticos, filatélicos marcófilos e cartófilos), são apresentados ao lado do postal, colados na folha, mas não escritos directamente na própria folha onde estão os referidos postais máximos.

Tendo já lido " AS DIRECTRIZES PARA AVALIAÇÃO DE COLECÇÕES DE MAXIMAFILIA EM EXPOSIÇÕES FIP ", não vejo nenhuma alínea que fale sobre esta questão.

Perante esta situação, solicito que me esclareçam, se este tipo de montagem é ou não correcta, e se existe alguma regra que me impeça de montar as colecções desta forma.

Agradeço a vossa colaboração sobre esta minha dúvida.

 

Resposta do nosso associado Bento Grossinho Dias (Jurado da Classe de Maximafilia)

 

Muito obrigado pela dúvida colocada.

O tema é, na realidade, pertinente, embora não seja uma preocupação exclusiva da classe de maximafilia.

Embora representando somente 5 pontos (em cem possíveis) a apresentação tem igualmente o efeito secundário de influenciar de forma genérica o jurado, pelo que deverá ser o mais cuidada possível. O estudo relacionado com o postal máximo poderá ser apresentado ao lado do postal ou por baixo do mesmo, sempre de forma harmoniosa, deixando perfeitamente claro a que Postal Máximo (PM) se refere (normalmente as folhas de exposição suportam dois PMs por página).

Deverá também escolher a sua localização por forma a que a folha não fique demasiado preenchida, por questões de estética. A opção por colar a legendagem na folha em vez de a escrever directamente, não sendo proibida, é, no entanto de evitar.

Mais uma vez a principal razão é estética (diferente cor de papel, problemas inerentes à colagem, etc.). Presumo que se refere a legendagens feitas por computador, e que a razão da colagem tenha a ver com o facto da maior parte das impressoras não permitirem folhas A4 e as folhas de exposição serem normalmente mais largas.

No entanto, se procurar com cuidado conseguirá encontrar impressoras que suportam folhas mais largas e mesmo mais espessas (o que também costuma ser um problema na impressão).

Sobre o estudo relacionado com o postal máximo (comentários temáticos, filatélicos, marcófilos e cartófilos), este já tem um peso muito considerável no julgamento da colecção.

Aproveito para realçar alguns pontos que me parecem muito relevantes:

·          Legendagem de cada PM (no geral): deve ser equilibrada, com cerca de 4 a 8 linhas, dependendo do espaço disponível e do tipo de letra usado. Não se deve usar letras de cores diferentes, podendo, por exemplo, destacar os comentários filatélicos, marcófilos e cartófilos, dos temáticos, usando itálico. O sublinhado também só deverá ser usado em circunstâncias realmente importantes (por exemplo, se se tratar de uma peça única ou de um PM triplo). Deve ser realçado se o PM circulou efectivamente.

·          Comentários temáticos: devem ser concisos mas respeitar o fio temático que se pretende apresentar. Devem-se evitar duplicações (pe, se existirem dois ou mais PMs do mesmo tema, o comentário temático não deverá ser igual, sendo mesmo preferível que os PMs estejam inseridos em capítulos diferentes – se o fio condutor da colecção assim o permitir).

·          Comentários filatélicos: deve ser referido o motivo da emissão (e sua data) e relacioná-lo com o tema da colecção, referindo-se se trata de selo de correio, correio aéreo, etiqueta, etc. São valorizadas as utilizações excepcionais (quando circulados), pe, selo de porteado usado como correio, etc.

·          Comentários marcófilos: devem incidir sobre duas vertentes – a concordância de tema (realçando se se trata de um PM triplo), lugar (justificando, pe, um local de nascimento ou morte, um local representado no PM, etc.) e data (justificando, pe, com o aniversário de nascimento ou morte, com uma efeméride, etc.). Deve ser classificada a obliteração, pe, em carimbo do 1º dia, comemorativo, marca do dia, flâmula, etc. No caso da marca do dia ter a data do 1º ou último dia o facto deve ser realçado, bem como se se tratar de uma obliteração rara, por ter sido usada por um período curto ou numa estação com muito pouco movimento, etc.

Note o cuidado a ter quando a data celebrada não tem relação com o tema da colecção ou o motivo da emissão do selo (pe, emissão do centenário do nascimento e data da morte). Sempre que se justificar (pela sua raridade ou menor visibilidade) pode-se reproduzir a obliteração (mais uma vez é preferível a sua impressão directa na folha em vez da colagem da sua reprodução).

·          Comentários cartófilos: a informação mais importante é a que caracteriza o suporte, ie, o postal propriamente dito. Assim, deverá ser fornecida uma classificação do postal quanto à sua antiguidade, pe, postal antigo, semi-antigo ou contemporâneo (são várias as classificações, normalmente de acordo com os seguintes marcos – até ao final da 1ª guerra, até 1970, posteriores. Em relação ao primeiro grupo ainda se podem distinguir os postais com o verso dividido ou não dividido). Deverá também ser dada informação sobre a natureza da emissão do postal – se comercial, editado por uma entidade filatélica ou de edição pessoal (por ordem decrescente de importância na escolha do PM a usar) - podendo ainda realçar-se os inteiros postais e os postais fotográficos (real photo) ou outras edições específicas (edições da Cruz Vermelha ou outras organizações).

Complementarmente poderá ser indicado o nome/local do editor, sobretudo se se tratar de um editor relevante.

Actualizado em Terça, 02 Agosto 2011 14:55
 

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